sexta-feira, 17 de junho de 2011

O encontro dos protistas

Pessoal, mais uma contribuição! Essa do pessoal da terceira fase. Um pequeno conto sobre o encontro dos protistas. Texto do Breno, Roberto e Pricila da 311.

Aproveitem também! =)

Era domingo a tarde, num dia ensolarado e quente, quando Sr. Paramécio Protozoário, um elegantíssimo ser eucarionte, unicelular e heterótrofo, resolve sair de casa, na poça de lama, para refrescar-se.
            Dono Euglena, por sua vez, resolve também sair de casa, com toda elegância de um ser também eucarionte e unicelular, de forma arredondada de parar o trânsito.
            Sr. Paramécio ao passar pelo parque, mexendo seus cílios para locomover-se, avista uma alga, linda, de forma arredondada, com dois flagelos deslizando elegantíssima em direção a ele.
            Sr. Paramécio decide então chamar esta linda alga para conversar.
            ­— Oi, tudo bem? — disse Sr. Paramécio.
— Oi, tudo bem sim, mas, nos conhecemos? ­— responde Dona Euglena
­— Não, poderia saber seu nome?
­— Euglena, e moro em água doce ou zonas marinhas ricas em matéria orgânica.
­— Hummm! Você gostaria de comer algo hoje a noite? ­— Pergunta Sr. Paramécio.
­— Sim, mas aonde vamos? ­— questiona Dona Euglena.
­— Aqui perto, e eu como bem, posso comer 5.000.000 de protozoários em 24 horas!
­— Nossa! Comigo nem se preocupe, posso produzir meu próprio alimento, mas, para lhe acompanhar posso comer uns animais por heterotrofia.
­— Que versátil, mas queria saber, qual sua forma de reprodução? ­— Questiona com ansiedade Sr. Paramécio.
­— Que indecência! Mas minha reprodução é assexuada.
­— A, sim... A minha é sexuada... ­— Afirma Sr. Paramécio, triste, deixando o lugar sem dar explicação á Dona Euglena.   


Outro conto

Pessoal, socializo com vocês mais um conto escrito pela Lara Chula da 212, sobre a fertilização im vitro X adoção. Legal saber que o assunto continua ressoando em vocês!

Enjoy it! =)


Três anos de casamento após alguns de namoro, empregos fixos, casa própria... Tudo estava perfeito! A não ser o fato de não terem um bebê.
Fizeram simpatias, acenderam velas, ofereceram doces para santos, encheram sapatinhos de balas e deixaram em praças, prometeram dar um chocolate para uma criança carente assim que ela engravidasse... Estavam loucos de tanto encher o saco de São Cosme e Damião.
Isso estava frustrando o casal, eles precisavam de um bebê, seu filho, sua criação.
Após várias tentativas e vários testes de gravidez com um sinal negativo que fazia Giovanna roer as unhas, Felipe resolveu encarar os fatos e pensar em outras saídas, tinham duas opções: a inseminação artificial e a adoção.
Eles não queriam adotar uma criança por que nunca tem um bebezinho bonitinho que seja a cara dos dois, por que eles só iam encontrar crianças grandes que já estavam sendo criadas desleixadamente por freiras, que poderiam ter traumas de sua infância por terem sido deixadas por seus pais. E mesmo se tivesse um bebê, nunca seria a mesma coisa! Não teria toda aquela ligação maternal de mamar e dos nove meses de formação dentro da barriga...
Enfim, eles escolheram a inseminação artificial. Juntaram um monte de dinheiro, preencheram todos os requerimentos, fizeram todos os processos de coleta e tudo que era preciso... Esperaram um pouco e... Lá estava ele! O tão esperado sinal vermelho positivo!
Correram para o centro atrás de uma criança carente e a encheram de chocolates, agradeceram como mais loucos que já estavam antes para os seus santos.
Só felicidade! Só felicidade! Reformaram a casa, fizeram enxoval do bebê, chá de panela... Tudo que uma gravidez tinha direito.
O Gabriel nasceu e a família foi muito feliz.
...
Este casal também já estava lá pelos três anos de casamento depois de alguns de namoro, e também tinham empregos fixos e uma casinha própria... Tudo estava perfeito! A não ser o fato de não terem um bebê...
Eles também fizeram as mais bizarras simpatias, também acenderam velas, ofereceram doces para santos, encheram sapatinhos de balas e deixaram em praças, prometeram dar um chocolate para uma criança carente assim que a mulher engravidasse... E quase enlouqueceram de tanto encherem o saco de São Cosme e Damião.
E também tentaram muitas vezes e também viram vários sinais de negativo e os dois roíam suas unhas.
Começaram a pensar em outras saídas, e se depararam com as duas opções: a inseminação artificial e a adoção.
E resolveram visitar um centro de adoção. Lá viram várias crianças e bebês lindos, que tinham histórias incompletas para contar, que queriam mais do que tudo no mundo uma família, não importa se grande ou pequena, rica ou humilde, se tradicional ou alternativa, só queriam se sentir amados por alguém que poderiam chamar de mãe ou de pai, alguém que iria lhe dar carinho incondicionalmente.
Não se sentiram pressionados a escolher um como se estivessem em uma pet shop, em dúvida entre o loiro de olhos azuis, a oriental de cabelo liso ou o neguinho de cachinhos. Não era assim.
 Foi como amor a primeira vista, por uma ruivinha de cinco anos e um menino, com apenas três meses.
Para o casal a família cresceu. Para as crianças, a família - finalmente uma família - eles ganharam. Uma família de verdade!
Eles não deram chocolates para uma criança carente, mas para duas crianças que deixaram de ter essa sina.
O casal venceu muitas barreiras do preconceito e descobriram muitas coisas, como quando Priscila descobriu que pode dar de mamar pro Pedro, é só uma questão de tempo e de contato. Carlos aprendeu o que é ser pai, e viu que é muito mais pai aquele que cria do que aquele que faz.
A Alice e o Pedro são os filhos do Carlos e da Priscila, não biológicos, mas foram eles que criaram, educaram, trocaram fraldas, deram banho, ensinaram a falar e a andar. Foram eles que ensinaram seus filhos a não terem medo do escuro, a brincar de pular-corda, cinco Marias e tudo mais. Eles que levaram para a escola, deram lições para suas vidas, uma palmadinha na bunda aqui e outra ali... Eles que viram as crianças crescerem e se tornarem adultas.
O Carlos e a Priscila são super amigos da Giovanna e do Felipe e eles sempre fazem churrascos juntos e a Alice, Pedro e o Gabriel cresceram como primos.
Os dois casais pensam de jeitos diferentes, mas sabem que nenhum está certo e o outro errado, que as duas escolhas foram dignas e concordam que cada caso é um caso, e que antes de uma inseminação artificial ou uma adoção, vários fatos devem ser analisados no casal a realizar em ambos os processos. É muito importante saber quem vai criar essa criança, para onde eles vão, em que condições...
É muito bom ter um filhinho com os olhos do pai e o nariz da mãe, mas também é muito bom ter um filhinho e saber que você salvou uma criança de ser esquecida no mundo.