domingo, 6 de outubro de 2013

Comunicação das bactérias

O ato de comunicar-se deixou de ser privilégio humano desde que percebemos que inúmeros outros seres vivos têm essa capacidade.

Seja através de gestos sofisticados como a linguagem dos golfinhos, os gritos dos suricatos ou através de meios mais rudimentares como sinais químicos em diferentes insetos ou cores em várias aves.

Agora, falar em comunicação entre bactérias é algo no mínimo curioso. Mas esses seres simples, desprovidos até mesmo de organelas membranosas nas suas células, parecem exercer essa capacidade de maneira complexa, até mesmo para coordenar ataques a outras bactérias e ter soberania sobre recursos alimentares.

Vejam só o vídeo abaixo:


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Lista de filmes!

Pessoal,

Algumas pessoas da 411B tinham me pedido uma lista de filmes interessantes que tivessem uma temática legal e relacionada à ciência, biologia, enfim...

Fiz uma "singela" lista com alguns filmes que gosto e acho interessantes compartilhar! Como as férias pelo jeito vão ser gélidas, acho que sessões de cinema são uma boa pedida! Vocês tem várias sugestões para passar os dias frios. Espero que gostem. Caso não consigam encontrar algum dos filmes, entrem em contato comigo que disponibilizo para vocês. Tenho todos eles.


Abraço, boas sessões e boas férias.


Aaron (Shane Carruth) e Abe (David Sullivan) são dois jovens engenheiros que realizam experiências científicas em uma garagem. O projeto mais recente em que estão trabalhando é um dispositivo que reduz o peso de um objeto em seu interior, ao bloquear a força da gravidade. A experiência faz com que a dupla realize uma descoberta que pode fazer com que tenha tudo o que quiser.
 Daigo Kobayashi é um jovem casado que acabou de ser dispensado da orquestra na qual tocava violoncelo. De repente, vagando pelas ruas sem emprego ou mesmo esperanças em relação à carreira, Daigo decide voltar para sua cidade natal na companhia da esposa. Lá, o único trabalho imediato que lhe aparece é como "nokanshi", uma espécie de coveiro especial responsável pela cerimônia de lavagem e vestimenta dos mortos antes que suas almas caminhem para o outro mundo. Daigo comporta-se com seriedade, algo como um burocrata, um porteiro entre o céu e a terra. Ocorre que seu trabalho é simplesmente desprezado pela esposa de Daigo e por todos ao seu redor. Mas é através da morte que ele finalmente compreende o sentido da vida.

Uma das ficções científicas mais interessantes já concebidas, este filme acompanha uma equipe de cientistas (Stephen Boyd, Raquel Welch, Edmond O'Brien, Donald Pleasance, Arthur O'Connell, William Redfield, Arthur Kennedy) que irão fazer uma viagem submarina através do corpo humano (depois de miniaturizados, por óbvio) em direção ao cérebro, para a realização de uma delicada operação.
Brazil (1985)
"Algures no século XX", num mundo fascizante e burocratizante, um homem do sistema - Sam Lowry (Pryce) - refugia-se nos seus sonhos, para tentar fugir a uma existência monótona e sem objectivos. Nesse mundo imaginário, ele voa na direção de uma mulher (Greist) e luta por ela contra um gigantesco, e quase surreal, monstro samurai. Na realidade, as ações terroristas vão no 13º ano de existência e não parece que o Estado se sinta ameaçado; O Ministro da Informação afirma tratar-se de "sorte de principiantes".
No início, um 'bug' no sistema da Recolha de Informação, vai provocar a troca do nome Tuttle (De Niro) por Buttle, e este será "solicitado para prestar declarações, e obrigado a algumas obrigações financeiras" para cobrir o processo. O mal-entendido vai levar a vizinha de Buttle, Jill Clayton (Greist), a tentar obter informações, e, por outro lado, vai levar Sam a tentar resolver um complicado problema burocrático quando o seu chefe, Kutzmann (Holm), não consegue efetuar uma devolução de dinheiro a Buttle. Inevitavelmente, Sam vai cruzar-se com Jill e descobrir que é a mulher com quem sonha, mas as coisas não podem correr exatamente como se espera e Sam tudo fará para a proteger, pelo que se envolve cada vez mais na teia burocrática, tendo de arcar com as consequências. Os conselhos do amigo Jack (Palin) e da da mãe (Helmond) para aceitar uma promoção, vão sendo ignorados até que Sam precisa dessa promoção para salvar Jill.

Cerejeiras em Flor (2008)
Apenas Trudi sabe que seu marido Rudi está sofrendo de uma doença terminal e ela precisa decidir se vai contar a ele ou não. O médico sugere que eles façam algo juntos, como realizar um velho sonho. Trudi decide não contar ao marido sobre a gravidade de sua doença e aceita o conselho do médico. Ela há muito tempo gostaria de ir ao Japão, mas primeiramente convence Rudi a visitar seus filhos e netos em Berlim. Quando chega na cidade, o casal percebe que os filhos estão tão ocupados com suas próprias vidas que não têm tempo para sair com eles. Na segunda viagem que Rudi aceita fazer com a esposa, ela morre repentinamente. Rudi fica devastado e não tem a menor idéia do que fazer. Através do contato com a amiga de sua filha, Rudi compreende que o amor de Trudi por ele havia feito com que ela deixasse de lado a vida que queria viver. Ele começa a vê-la com outros olhos e promete compensar sua vida perdida embarcando em uma última jornada, para o Japão, na época do festival das cerejeiras, uma celebração da beleza, da impermanência e de um novo começo.

Mãos talentosas (2009)
Ben Carson era um menino pobre de Detroit, desmotivado, que tirava más notas na escola.
Entretanto aos 33 anos, ele se tornou o diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore, EUA.
Em 1987, o Dr. Carson alcançou renome mundial por seu desempenho na bem-sucedida separação de dois gêmeos siameses, unidos pela parte posterior da cabeça uma operação complexa e delicada que exigiu cinco meses de preparativos e vinte e duas horas de cirurgia.
Sua história, profundamente humana, descreve o papel vital que a mãe, uma senhora de pouca cultura, mas muito inteligente, desempenhou na metamorfose do filho, de menino de rua a um dos mais respeitados neurocirurgiões do mundo.


Medianeras (2011)
Martin (Javier Drolas) e Mariana (Pilar López de Ayala) vivem na mesma rua, em edifícios opostos, mas eles nunca se conheceram. Eles andam pelos mesmos lugares mas nunca notaram um ao outro. Quais são as chances deles se conhecerem em uma cidade de três milhões de habitantes? O que os separa, irá uni-los.

A Caverna dos Sonhos Esquecidos (2010)

O célebre diretor Werner Herzog nos leva, mais uma vez, em uma aventura incrível, indo aos limites de um lugar extraordinário. Superando desafios consideráveis, Herzog registra a impressionante imponência da caverna de Chauvet, no sul da França, onde foram descobertas as mais antigas pinturas rupestres do mundo. Herzog revela um mundo subterrâneo de tirar o fôlego, incluindo obras de arte com 32 mil anos de idade com seu estilo inigualável. Com sua narração bem-humorada e envolvente, Herzog reflete sobre o nosso desejo primordial em se comunicar e representar o mundo à nossa volta, a evolução e o nosso lugar nela, e, em última instância, o que significa ser humano. Ao fazer o documentário, apresentado pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Berlim, o cineasta Werner Herzog, de 68 anos, realizou um sonho de infância. Herzog, ainda menino, arranjou um trabalho só para comprar um livro sobre pinturas rupestres, e o seu sonho virou realidade quando ele teve acesso à caverna de Chauvet-Pont-d'Arc, descoberta na década de 90, com mais de 400 pinturas rupestres.

Peixe Grande (2003)
Ed Bloom (Albert Finney) é um grande contador de histórias. Quando jovem, Ed saiu de sua pequena cidade-natal, no Alabama, para realizar uma volta ao mundo. A diversão predileta de Ed, já velho, é contar sobre as aventuras que viveu neste período, mesclando realidade com fantasia. As histórias fascinam todos que as ouvem, com exceção de Will (Billy Crudup), o filho de Ed. Até que Sandra (Jessica Lange), mãe de Will, tenta aproximar pai e filho, o que faz com que Ed enfim tenha que separar a ficção da realidade de suas histórias.


Gattaca - Experiência Genética (1997)
Num futuro no qual os seres humanos são criados geneticamente em laboratórios, as pessoas concebidas biologicamente são consideradas "inválidas". Vincent Freeman (Ethan Hawke), um "inválido", consegue um lugar de destaque em corporação, escondendo sua verdadeira origem. Mas um misterioso caso de assassinato pode expôr seu passado.

Mary & Max (2009) - animação / genética / emocionante
Mary and Max é um longa produzido em massinhas que conta a história de duas pessoas de idades diferentes que se correspondem através de cartas por mais de 20 anos. Mary (Toni Collete) uma garota de oito anos que mora na Austrália e não tem nenhum amigo, e Max (Philip Seymour Hoffman) um homem de 44 anos que vive em Nova York e sofre de obesidade aguda.
"Mary & Max" fala de amizade, autismo, taxidermia, psiquiatria, alcoolismo, obesidade, cleptomania, diferenças sexuais e religiosas, agorafobia, etc.


Tiptoes (2003)
Carol e Steven formam um casal bonito e apaixonado. Feliz da vida, ela descobre que está grávida. A notícia é recebida com muita preocupação por Steven, que sempre escondeu um segredo. Com 1,84 metro de altura, ele é filho de anões e tem um irmão gêmeo, Rolfe, também pequenino, que acaba de chegar na cidade para um congresso. Steven tem enorme chance de ser pai de um filho anão. Agora ele terá que tomar uma decisão. Certamente a mais difícil de sua vida. Rolfe e Carol se tornam grande amigos. O sofrimento da garota e a condição física do rapaz unem duas pessoas diferentes. Na Ponta dos Pés registra elogiadas interpretações do elenco de estrelas como Gary Oldman, Matthew McConaughey, Kate Beckinsale e Patrícia Arquette.

Z00 - A Zed and Two Noughts (1986)
As idéias expostas por Peter Greenaway em seus filmes são sempre amplas, infinitas e perversas. Neste drama ele narra a obsessão de dois irmãos gêmeos pela morte e pela putrefação dos corpos. Trabalham em um zoológico e começam a se enveredar por esse caminho quando suas respectivas esposas morrem em um acidente de carro. Passam a acompanhar e a registrar o apodrecimento de frutas, por exemplo, depois fazem experiências com animais e acabam por entrar em um processo de obstinação que os faz buscar a própria morte para fazer o registro final da destruição da carne humana.

Microcosmo (1996)
Em um imenso e fascinante universo verde, há um mundo desconhecido, onde minúsculos seres vivos habitam e interagem com a natureza. O ciclo da vida - nascimento, transformação, comida, luta pela sobrevivência, acasalamento e morte - faz parte do cotidiano de cada uma dessas criaturas. Uma emocionante aventura que tem como personagens principais os insetos e pequenos animais.
Trata-se de um documentário fascinante, com cenas da vida de pequenos insetos. Levou 15 anos para ser produzido, com câmeras especiais.


O homem que plantava árvores (1987)
O filme, baseado num belíssimo conto do francês Jean Giono, de 1953, foi realizado por Frédéric Back, considerado por muitos um gênio da arte e da animação. Conta a estória de Elzeard Bouffier, um pastor de ovelhas que durante anos cultivou uma floresta esplendorosa numa área desértica da França. O conto é narrado por um jovem viajante (o esplêndido Philippe Noiret, no áudio francês), que um dia encontra este homem nas suas viagens e acompanha a mudança na paisagem no decorrer dos anos. A beleza calma da paisagem contrasta com a fúria das duas Grandes Guerras que o narrador assiste e o feito notável do pastor oferece um olhar do poder inspirador da natureza e da esperança, que podem emergir no mais improvável dos lugares.

Coração de Cristal (1976)
O tema central é a desagregação de uma aldeia de artesãos na Alemanha, século XVIII, a partir da morte de um mestre vidraceiro que leva consigo o segredo da fórmula de fabricação do "vidro-rubi". Premonições; previsões que se realizam; fenômenos paranormais e momentos de delírio e violência, contribuem para sustentar o clima mórbido da Baviera.
Surreal, bizarro, diferente e muito, muito original. Qualquer uma dessas expressões poderia definir perfeitamente o filme alemão “Coração de Cristal” (Herz aus Glas, Alemanha, 1976). O longa-metragem pode não ser o melhor de Werner Herzog, mas é certamente o mais singular produto gerado pela mente de um dos mais iconoclastas diretores de cinema que já pisaram o planeta. Poesia, imagens da natureza e hipnotismo estão entre os ingredientes que, juntos, compõem um filme exótico e completamente diferente do que nós, ocidentais, entendemos por cinema.

Before Sunrise (1995)
Dois jovens, o americano Jesse e a francesa Celine, se conhecem em um trem. Após conversarem um pouco e sentirem grande afinidade, ele a convence a descer do trem em Viena, na Áustria, onde ele ficará até o dia seguinte para pegar o avião de volta aos Estados Unidos. A relação entre os dois já começa então com a premissa de que terão somente esse pouco tempo juntos.
Conforme se apaixonam, continuam conversando muito e a própria relação é o maior tema em discussão. Eles trocam suas visões de mundo e questionam os padrões de relacionamento, tentando colocar em prática as conclusões a que chegam juntos. É uma forma de refazerem a si mesmos através do outro.
Mas a dúvida sempre paira no ar: Será o seu relacionamento como todos os outros, ou conseguirão romper com os padrões pelos quais sentem-se limitados?


Before Sunset (2004)
Nove anos depois do primeiro encontro, Jesse, que tornou-se escritor, está em Paris promovendo o seu livro, que está vendendo muito bem. É um livro que conta a história de um casal que vive um romance de uma noite em Viena, após se conhecerem em um trem.
Após uma entrevista coletiva, Celine encontra Jesse, e os dois têm pouco mais de uma hora e meia para colocar a conversa em dia pois, as 19:30, ele tem que pegar um avião para retornar para casa.

Waking Life (2001)
Após não conseguir acordar de um sonho, um jovem passa a encontrar pessoas da vida real em seu mundo imaginário, com quem têm longas conversas sobre os vários estados da consciência humana e discussões filosóficas e religiosas.

Um dia,um gato (1963)  - Bonito/ poético / ficção
Fantasia, beleza e imaginação em uma bela alegoria poética.
Os moradores de um vilarejo assistem ao espetáculo de um mágico e seu gato, que usa óculos e, quando os tira, tem o poder de mudar a cor das pessoas à sua volta de acordo com o caráter delas. O fato assusta os adultos do lugar, que vêem o animal como uma ameaça, mas, ao mesmo tempo, atrai todas as crianças da vila.


Os doze macacos (1995) - Ficção / genética
Um solitário viajante do tempo vindo do ano de 2035 deverá resolver um mistério para salvar seu povo... Mas isso também poderá levá-lo à loucura. Bruce Willis, Madeleine Stowe e Brad Pitt estrelam esta obra-prima da ficção-científica dirigida por Terry Gilliam. Com a população do mundo devastada por um terrível vírus, sobreviventes vivem em comunidades no subsolo. Cole (Willis) é 'Voluntário' para viajar encontrarem a cura. Em sua jornada ele cruzará o caminho de uma linda psiquiatra (Stowe) e de um incrível doente mental (Pitt). A corrida começou, e Cole procura pelo Exército dos 12 macacos, um grupo radical ligado a este vírus letal. Com atuações inesquecíveis e incríveis efeitos especiais, os 12 macacos é um clássico contemporâneo, em que Tierry Gilliam nos surpreende com um visual fantástico, marca registrada de seu estilo visual.

Equilibrium (2002)
Nos primeiros anos do século XXI aconteceu a 3ª Guerra Mundial. Aqueles que sobreviveram sabiam que a humanidade jamais poderia sobreviver a uma 4ª guerra e que a natureza volátil dos humanos não podia mais ser exposta. Então uma ramificação da lei foi criada, o Clero Grammaton, cuja única tarefa é procurar e erradicar a real fonte de crueldade entre os humanos: a capacidade de sentir, pois há a crença de que as emoções foram culpadas pelos fracassos das sociedades do passado. Desta forma existe um estado tolitário, a Libria, que é comandado pelo "Pai" (Sean Pertwee), que só aparece através de telões. Foi decretado que os cidadãos devem tomar diariamente Prozium, uma droga que nivela o nível emocional. As formas de expressão criativa estão contra a lei, sendo que ao violar qualquer regulamento a não-obediência é punida com a pena de morte. John Preston (Christian Bale) é um Grammaton, um oficial da elite da lei, que caça e pune os "ofensores", além de ter poder para mandar destruir qualquer obra de arte. Um dia, acidentalmente, Preston não toma o Prozia. Pela primeira vez ele sente emoções e começa a fazer questionamentos sobre a ordem dominante.


Nói, o Albino (2003)

Será que ele é o tolinho da aldeia ou um gênio disfarçado? Nói, 17 anos, desliza pela vida num fiorde remoto no norte da Islândia. No Inverno, o fiorde fica completamente isolado do resto do mundo, rodeado por montanhas assustadoras e enterrado debaixo de um manto de neve. Nói sonha em fugir desta prisão de muralhas brancas com Íris, uma rapariga da cidade que trabalha no posto de gasolina local. Mas as suas tentativas desastradas de fuga fogem-lhe do controle e resultam em um enorme fracasso. Apenas um desastre natural poderá arruinar o universo de Nói e oferecer-lhe uma janela para um mundo melhor.

Camelos também choram (2003)
É primavera no deserto de Góbi, na Mongólia. Uma família nômade de sheperds, os habitantes locais, ajuda no nascimento do seu rebanho de camelos. Um dos animais tem um parto doloroso, sendo que após muito esforço nasce um pequeno camelo branco, que é muito raro. O recém-nascido é recusado pela mãe, que não lhe dá atenção nem leite. Quando a esperança de que o camelo branco conseguirá sobreviver começa a acabar, os mais velhos da família enviam seus dois garotos em uma viagem pelo deserto. Lá vive um músico que pode salvar a vida do pequeno camelo.
XXY (2007)
Alex (Inés Efron) nasceu com ambas as características sexuais. Tentando fugir dos médicos que desejam corrigir a ambigüidade genital da criança, seus pais a levam para um vilarejo no Uruguai. Eles estão convencidos de que uma cirurgia deste tipo seria uma violência ao corpo de Alex e, com isso, vivem isolados numa casa nas dunas. Até que, um dia, a família recebe a visita de um casal de amigos, que leva consigo o filho adolescente. É quando Alex, que está com 15 anos, e o jovem, de 16, sentem-se atraídos um pelo outro.
Absurdistan (2008)
Uma aldeia isolada, algures entre a Europa e a Ásia, num tempo entre ontem e hoje. Desde a sua infância que Aya e Temelko estão destinados um para o outro. Agora ambos já só desejam que chegue, finalmente, a sua primeira noite de amor. De acordo com as velhas tradições, esta será determinada com a ajuda das estrelas e iniciar-se-á com um banho ritual comum. Porém, pouco antes de chegar o dia ansiosamente esperado, a fonte seca misteriosamente! Perante a indiferença dos homens, que nada fazem para reparar o dano, as aldeãs decidem avançar para métodos drásticos: expulsam os homens das suas camas, dividem a aldeia com uma vedação destinada a separar o mundo masculino do feminino e entram em greve: sem água não há sexo! Aya, naturalmente, solidariza-se com a causa das mulheres. Na tentativa de salvar o seu amor, e para poder consumar a primeira noite sob os bons auspícios da favorável constelação estelar, Temelko tudo irá fazer para que a água volte a brotar da fonte. Para isso irá ter que recorrer a métodos bem pouco ortodoxos…

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A última celebração - Celebração do corpo humano V

Essa é a última celebração do corpo humano que eu gostaria de propor. Poderia trazer mais e mais contribuições. Acredito que vocês já devem ter percebido que existem muitas e diversas possibilidades de celebrar o corpo humano. Uma curiosidade, celebrar, do latim tem sua origem em celebrare que significa - entre outras coisas - numeroso e abundante. (Eu descobri isso agora, mas faz todo o sentido não?)

Eu escolhi essa última celebração entre milhares de possíveis, pois ela traz um elemento de discussão novo. Até agora quase todas as contribuições na celebração do corpo humano, privilegiavam ele (o corpo), enquanto "objeto" para criação artística. Mas quase todas essas celebrações, não eram elementos funcionais em relação ao corpo, para além do contexto da arte. (A não ser, talvez, as cirurgias plásticas).

Essa última celebração situa-se plenamente na fronteira. No limite, entre arte e ciência. Arte e funcionalidade. Arte e transposição de uma situação difícil de ser transpost: a deficiência física.

Hoje vemos muitas discussões sobre inclusão, aceitação da diferença, espaço para deficientes físicos, mas nem sempre foi assim. Durante muito tempo essas pessoas sofriam um ostracismos social e um esquecimento de tudo. Basta pensar, por exemplo, em como a acessibilidade em coisas simples, como andar na rua, são questões atuais.

Hoje já existem tecnologias, que permitem às pessoas com deficiências viver normalmente (mesmo isso sendo totalmente ambíguo. Afinal de contas, o que significa ser normal?). Uma dessas tecnologias que evoluiu muito, são as próteses que simulam membros perdidos epermitem aos usuários realizar ações antes inimagináveis na falta de um braço ou uma perna.

Mas e quando essas próteses tornam-se objetos artísticos. O que dizer de uma perna cravada de diamantes? Ou um braço com uma cobra encravada nele?

É isso que faz Sophie de Oliveira Barata no "The Alternative Limb Project". Artista formada na Universidade de Artes de Londres, ela se dedica e pensar e esculpir próteses para membros mutilados. Faz isso muito bem por sinal. Suas próteses são extremamente realistas, como mostram as imagens abaixo.



Mas não são essas as próteses que me fazem pensar, mas sim as outras. Aquelas que ela cria não com seu trabalho fidedigno e científico, mas sim com aquele artístico.Quando ela permite sua imaginação fluir e dançar com o gosto do freguês. É assim que surgem próteses como as abaixo.










Pensadas em seu estúdio, com a participação ativa dos futuros donos, criam-se membros que fazem de qualquer braço ou perna "comum" algo obsoleto.

Experimente olhar a perna abaixo e depois a sua. Não dauma pontinha de vontade de substituí-la?



Enfim, isso abre uma interessante e atual discussão: hoje, com as possibilidade tecnológicas que temos, até que ponto o corpo humano não se tornou, extremamente substituível, dessacralizado e vazio de sentido, mas também sublime, potencializador de novos olhares, possibilidades de intervenção e ampliação do que designamos humanos?

Fica somente a dica para que continuemos sempre e cada vez mais, celebrando o corpo humano. Nosso fiel guia e companheiro enquanto aqui estivermos. Vivamos ele, exploremos suas capacidades, criemos novas possibilidades, mas sempre lembrando que embora possamos alterar, manipular e criar sobre o corpo, ainda temos, durante nossa vida, somente um. E é este que vai nos acompanhar até o fim.





terça-feira, 23 de abril de 2013

Celebração do corpo humano IV

E isso aqui não para de continuar! A cada postagem eu lembro ou descubro mais uma possível experiência artística que celebra o corpo humano e não consigo deixar de compartilhar com vocês.

Eis que esses dias, cantarolando e emitindo ruídos estranhos enquanto caminhava pela rua, eu pensei...

Não poderia também ocorpo humano ser celebrado e utilizado na criação artística musical? A única coisa que me veio à mente foi o som dos Barbatuques! E é com eles que saímos um pouco das artes plásticas ou visuais e entramos na música.

Bom, é claro e óbvio que a música pressupõe a ação do corpo em sua prática. Quando pensamos por exemplo em um simples assovio estamos falando do ar que inicialmente sai dos pulmões, cruza a traqueia e vem sair pela cavidade bucal cujos lábios se fecham em uma angulação precisa. Nesse caso, a boca serve como caixa de ressonância para reforçar o som resultante, atuando como um ressonador de Helmholtz. (fonte wikipedia)

Por outro lado, a ação de tocar um instrumento qualquer também pressupõe a ação docorpo em seu manuseio precisamente articulado com o objetivo de retirar dali, som. Seja o instrumento um violino, um saxofone, uma bateria ou uma caixinha de fósforo sacodida entre os dedos em um samba improvisado.

Mas e quando ocorpo é o próprio instrumento?

É isso que o grupo Barbatuques, se propõe a fazer. Utilizar o próprio corpo humano e unicamente ele como seu instrumento para fazer música. 



O grupo de São Paulo foi criado em 1995 e desde então vem se dedicando a aprimorar seu trabalho já tendo lançado vários CDs. No site, existe uma intridução ao trabalho deles que diz:

Referência internacional em percussão corporal, o grupo Barbatuques produz música orgânica utilizando o próprio corpo como instrumento musica. Melodias e diferentes ritmos musicais são criados a partir de efeitos de voz e da exploração de sons produzidos pelo corpo humano: palmas, estalos, batidas, mãos e pés em sintonia. O resultado é surpreendente.
Essa belíssima capacidade de entender e aproveitar o próprio corpo como instrumento para produzir arte e música torna os trabalhos do Barbatuques extremamente vivos e instigantes. Dificilmente, ao escutar, acreditamos que tudo seja feito exclusivamente com o corpo.

Experimente ouvir as músicas dos vídeos abaixo de olhos fechados. Só depois veja as imagens.




 
Deixo agora uma indagação, a mesma que fez e discute Frederich Nietzsche em vários momento de sua obra: afinal, o que pode um corpo?

Em seu livro Vontade de Potência II ele diz:
O corpo humano é um pensamento mais surpreendente do que a alma recente. [...] O que é mais surpreendente é acima de tudo o corpo; não nos cansamos de nos maravilhar perante a ideia de que o corpo humano se tornou possível.

Enfim... Fica então a sugestão: ouçamos barbatuques e escutemos nosso corpo vibrar através dele mesmo. Porque afinal de contas, será que sabemos o que pode nosso corpo?


Referências:

NIETZSCHE, Frederich. Vontade de potência. São Paulo: Editora Escala. s.d. pt. 2.







terça-feira, 16 de abril de 2013

Calebração do corpo humano III

Quando eu fiz a postagem anterior pensei "essa vai ser a última sobre a celebração do corpo humano...Vou propor outra coisa na sequência...". Mas a cada dia surgem coisas que se relacionam ao corpo e me deixam boquiaberto!! Então...  sigo na proposta de CELEBRAR O CORPO HUMANO!! =]

Abro um parênteses: se vocês quiserem propor alguma temática, ou algo que considerem interessante relacionando biologia e cultura e arte, sintam-se à vontade. Ou se estiverem gostando, expressem isso comentando aí, para eu saber que vocês estão acompanhando. Vamos dar vida a isso aqui?? =] Fecho o parênteses!

E é aí que eu me pergunto: e quando o corpo ganha novos sentidos e possibilidades somente servindo como muldura para pintura? Em tempos de manipulação de imagem no photoshop, de bundas perfeitas sem celulite de rostos inimaginavelmente sem rugas e sorissos brancos como a neve, é isso que a pintora japonese Choo-san propõe (no tumblr dela existem várias das pinturas e também alguns vídeos todos feitos com várias fotografias, sem o uso do photoshop). Usando somente tinta acrílica e maquiagem, ela cria verdadeiras obras-de-arte hiper-realistas em seu surrealismo sobre seu próprio corpo e de vários modelos.




É incrível como as pinturas são reais e criam verdadeiros mundos em corpos humanos. São corpos que passam a ser habitados por outros seres. Corpos que se tornam somente vestimentas quando ganham zíperes. Corpos que viram autômatos ao ganharem botões, tomadas elétricas e  Corpos que se tornam translúcidos quando permitem ver seus órgãos internos. Ou que se tornam desfigurados ao ganhar mais uma boca, mais dois olhos, etc...

Na filosofia contemporânea existe um conceito: simulacro. Eis sua definição:

O simulacro implica grandes dimensões, profundidades e distâncias que o observador não pode dominar. É porque não as domina que ele experimenta uma impressão de semelhança. O simulacro inclui em si o ponto de vista diferencial; o observador faz parte do próprio simulacro, que se transforma e se deforma com seu ponto de vista (DELEUZE, 1969, p. 264).

Essas pinturas poderiam ser definidas como simulacros de corpos humanos. Corpos humanos que se deformam, que trazem uma impressão de semelhança, mas que têm em si algo que é um diferencial significativo que não podemos dominar.Entende-se um zíper na pele humana? Esse conceito remonta à Antiguidade e vem desde Platão, mas isso é outra história...






Enfim, são corpos que se tornam múltiplos,se abrem em estranhas mutações ocasioandas somente pela precisão de uma artista muito criativa. 

Isso me leva a dois questionamentos:

Primeiro: no que gostaríamos que nossos corpos se transformassem se pudéssemos fazê-lo se tornar alguma dessas ousadas criações?

Segunda: O quanto o uso de ferramentas de edição e manipulação de imagens realmente nos aproxima da criatividade ou só nos faz pasteurizar e homogeneizar mais ainda a arte e as possibilidades de expressão que existem...

Ficam as questões vibrando em corpos surreais hiper-reais... =]

Referência:

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. São Paulo: Perspectiva, 1998. 342 p.














terça-feira, 9 de abril de 2013

Celebração do corpo humano II

Ainda dentro das postagens celebrando o corpo humano nas múltiplas leituras culturais que se fazem a partir do biológico, trago outro projeto que nos força a pensar e nos coloca em um espaço ambíguo de dúvida e incerteza....

Dessa vez, a proposta é do fotógrafo inglês Phillip Toledano. Em seu projeto "A New Kind of Beuaty" (Um novo tipo de beleza), ele se propõe a fotografar pessoas que abusaram da modificação em seu corpo através da cirurgia plástica.


Nem sempre tivemos a total autonomia e direito sobre nosso corpo. Essaé uma conquista recente na história da humanidade. A noção de corpo próprio (É meu corpo e posso fazer o que quiser com ele) remonta ao renascimento - Século XVI e XVII,aproximadamente. Mas desde então até hoje muita coisa mudou.

O que Toledano apresenta é o outro extremo que vivemos hoje. Seu projeto mostram retratos de corpos humanos manipulados cientificamente, culturalmente e esteticamente para atingir um ideal (doentio - ao meu ver) de beleza. Até que ponto deve (ou pode) ir nosso desejo de corresponder a um esteriótipo, a uma imagem clichê de beleza e de saúde?

O que as fotografias trazem é o limite do que se considera beleza e das formas de atingí-la. Além disso, abre uma discussão ética... Até que ponto deveríamos chegar (enquanto sociedade) nessa obstinada obsessão de beleza a qualquer custo?

Seguem abaixo as fotografias, entremeadas pelo interessante texto cheio de indagações do artista, que está presente em seu site.


"Estou interessado no que podemos definir como beleza, quando decidimos criá-lo nós mesmos."




 A beleza sempre foi uma moeda, e agora que finalmente temos os meios tecnológicos para cunhar a nossa, que escolhas podemos fazer?

É a beleza informada pela cultura contemporânea? Pela história? Ou é definido pela mão do cirurgião? Podemos identificar tendências físicas que variam de década para década, ou é a beleza atemporal?

 



Quando refazemos a nós mesmos, estamos revelando nosso verdadeiro caráter, ou estamos tirando a nossa própria identidade?






Talvez nós estejamos criando um novo tipo de beleza. Uma amálgama de cirurgia, arte e cultura popular? E se assim for, os resultados são a vanguarda da evolução humana induzida?






terça-feira, 2 de abril de 2013

Celebração do corpo humano I

E quando o corpo humano vira, além de material artístico, um material de trabalho para a construção de objetos cotidianos, como por exemplo, mobília??
 

É isso que propõe o artista espanhol David Blazquez.


Em uma exposição em Sevilha, ele apresentou um ensaio fotográfico que explora uma ideia interessante: mobiliário humano.

Parece ser o limite ao pensar o corpo humano como material de trabalho. Até porque, nas obras, éo próprio artista que aparece, completamente nu. Seria alguma coisa como explorar o corpo como objeto e material de trabalho, longe de qualquer discussão que remeta o nu à algum tipo de moralismo.

É comum na atualidade científica, a relação do corpo humano com objetos tecnológicos, como próteses, mecanismos que incorporam artefatos maquínicos ao indivíduo. Nesse caso é o objeto artificial que vem ao humano. Já o contrário, não parece ser algo tão comum. Talvez seja por isso que as imagens chegam a causar certo desconforto. Pois mostram humanos desprovidos que humanidade (isso seria muito além do que "mortos").

É o corpo humano esquartejado em sua humanidade. Potencializado em sua objetificação.











terça-feira, 26 de março de 2013

Celebração do corpo humano

Onde está a beleza do corpo humano? Cientificamente talvez esteja na sua plena e complexa precisão. 

De fato, a precisão de funcionamento do organismo humano - e de forma geral da vida -,  é digna das mais profunda admiração.

Mas não  é só a ciência que celebra a beleza do corpo humano não, gente. A arte também faz isso de maneira muito admirável.

Vou trazer alguns exemplos de arte que celebra o corpo humano. Para começar, uma série do fotógrafo francês Julien Palast.


Ele apresenta na série de fotografias "SkinDeep", uma celebração da geografia do corpo humano com suas curvas, desvios e depressões. São corpos que parecem querer fugir dessa membrana multicolorida que os aprisiona. Mas nessa tentativa frustrada de escapar, acabam deixando belíssimas marcas orgânicas de suas biológicas formas.

As cores vibrantes em technicolor, criam uma atmosfera ambígua de luz e sombra, evidenciando algumas partes, escondendo outras. E, além disso, fornecem movimento às imagens.

É a imagem do corpo celebrada em sua forma plena e bela, para além de imposições da moda e da saúde a todo custo.