terça-feira, 12 de abril de 2011

Outra contribuição!

Gente, O Rafael Cardoso, da 311 tem um blog (http://theblackholeofsoul.blogspot.com/). Estendo para todos o convite! Quem tiver blog, quiser colocar o link, compartilhar escritos próprios, mandem! Iso é um espaço aberto de troca de sensações, percepções, pensamentos, idéias, vontades, etc...... 

Muito boa a crítica que você faz Rafael! O distanciamento do ser humano da natureza, a pretensa superioridade....

Eu gostei bastante e aproveito para compartilhar uma poesia que escrevi e que segue a mesma linha. Segue abaixo da do Rafael!

Ele escolheu uma poesia que escreveu pra compartilhar aqui.

O Começo

Quando nada há de novo
E todos sentem terror
Nada além do tempo
E velhas angústias retiraram a remanescente dor


Acima de minha mente vejo um universo a girar
Cores sintilantes começam a gritar
Gritar, esperniar, despertar, despedaçar
É tudo que nos resta, matar


Tudo que o precede faz dele um covarde
Um pobre rato de testes que outrora importante
Agora está enterrado a direita dele
E saíra quando todos estiverem no infinito, triunfante


Protelar é o que sabemos fazer
E agora nada há esperar o destino
O fim se aproxima demais
E dele há de vir um novo começo


No começo todos eram iguais
E todos caminhavam sobre as normas de viver
Mas agora há de vir o cruel destino
E varrer o pecado com seu cordeiro fiel


Rafael Cardoso


Abaixo vai a minha que segue na mesma linha:

Dissociação aflitiva

Em passos cada vez menos lentos
Se esvai a pobre complexa natural
No emaranhado do todo universal
Perde sua força em meio a muito

O agente desta fraqueza conhece-a bem
Ao menos supõe conhecê-la bem
Já dela obteve muito, a passos largos
E agora nada a oferece em troca sensata

Simplesmente mais lhe tira e sempre e muito
E com isso vai longe em seu caminhar profundo
Mas é diferente dela, pura, limpa organizada
É caótico, sujo, não expressa ordem nenhuma

A cada giro universal mais distante estão
Um do outro, não lembram a relação
Pura e imanente relação que lhes une
E se distanciam, distanciavam, distanciarão

Não mais unidos ficarão, ou ficarão?
Há meios sem a pura e limpa junção?
Como continuar nesta aflita relação?
Oh Deus, mostra como sair desta condição!

Esforços poucos, solitários se expressam
E nada trazem que lhes faça mudar a direção
O orgulho tomou conta de um há tempos
Enquanto a outra, resignada, aflita: está fraca!

Poucos vêem peças nesta situação a mudar
No pensar complexo, evoluído; luzes não há
Mas um simples esforço haveria de ajudar
Esquecido esforço, dentro de cada um está

A cor intensa e quente do fazer parte um do outro
Esta lembrança doce, ingênua criança a brincar
Este é o simples encanto a conjurar para amparar
O sufocamento que esta triste situação deixou chegar

Lembrar-se natural na sua complexidade hominal
Buscar o abraço irmão na calada e vazia relação
Apagar a correria inatural na vida cotidiana animal
Buscar o coração reencantar na poesia diuturna do brincar

Eduardo Silveira


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