terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Entre ciclos

O poeta Manoel de Barros diz que a imaginação e a poesia transveem o mundo:


"O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê.
É preciso transver o mundo.
Isto seja:
Deus deu a forma. Os artistas desformam.
É preciso desformar o mundo:
Tirar da natureza as naturalidades."

Manoel de Barros - Livro sobre Nada p.75


Como transver a ciência e a embriologia pela poesia?
Eis uma série de poesias que brincam com essa possibilidade.


Primeiro a poesia da Ana Karolyna, João Victor, Karina Martins, Maria Laura e Marisa da 214.


Entre Ciclos

De um simples beijo;
De toques e desejos;
Unem-se dois seres;
Partes de um;
Partes de outro;
Geram um todo.
A vida é gerada;
Divisões e divisões;
Formas e formas;
De um ser que se transforma;
Até chegar a complexidade da forma.
Um caminho a percorrer;
Em busca do conforto, do calor;
Do silêncio, do amor;
Da alma que o assegura;
Com a dedicação mais profunda.
A ligação de um intenso afeto;
Feto;
Dois corações que batem por um só;
Originando o mais firme nó;
De um singelo amor;
De abrigar um ser em seu interior.
Depois de um longo tempo, vem-se a dor;
Dor de alegria, completando a vida;
Uma nova história será escrita;
Altos e baixos viram;
Os laços não se romperam;
Pois o ciclo não termina.
 

Outra poesia do grupo do Alisson Thomé, Daniel Pereira, Lucas, Pedro B. e Tomaz da 214
 

O nosso fruto

O tempo da Terra dar 90 voltas
Foi o momento que fiquei atento nela
O nosso fruto é zigoto,
Toda linha trajetória, meu futuro,
Agora o relógico se foca em um
Novo, novo tempo.
Da angústia, do aperto, do temor,
Brotou um sorriso amarelo em mim
Enquanto nela se segmenta um novo
Caminho, clivagem de um novo ser,
Ah meu filho, de ti, único, vários representará,
Não importa o que veio primeiro,
Não é seu excretor que vai nos contar
Por nem ele sabe o que te aguarda,
Que endo sejas sensível, respire....
Que meso tenhas equilíbrio, sejas firme
Que ecto saibas sentir os outros
De folhetos perdidos faço de teu
Coração, um coração nobre
De um tubo neural, faça teu pensamento ético,
Te peço, noto-corda
E se noto corda, de tuas cordas
Ouvi luzir teu choro.
Em meio aos meus braços eu senti, como é bom,
Estar leve e sorrir...
O que posso fazer, se não te amar,
Te mimar, gira Terra em torno do sol!
Do embróglio que quiprocó, do engodo
Da ternura, do amor fez-se esse nó
Que aperta forte no meu peito
Quando se afastas desse jeito!
Que um dia, se sinta como eu
Adeus... filho.


Ainda outro texto. Esse do Daniel Pereira, também da 214


É simples; zigoto, mórula, blástula, gástrula, nêurula...

Mais algum tempo e pronto! Um novo ser humano. Cresce, come, dorme, pensa, anda, vive. Como qualquer outro. Poderia ser simples, é como deveria ser. Impõem limites no pensar, no fazer, em como ser. Ditam como anda, por onde andam. Eu quero ir aonde eu quero ir. Não pode. Posso tentar me esconder, tentar procurar um lugar tranquilo. Me acham louco. “Tá bom, sociedade. Quero ver você me pegar.”

Por que a vida não é simples como a sua formação, tão lógica? A vida em comunidade precisa ser tão complicada assim? Assim como livros de Biologia, deviam ter livros para ensinar a viver. Talvez tenha, mas devem ter achado insignificante. E também, ele deve ser grande, ou até ter vários volumes. Um volume inteiro para nos desapegarmos dos costumes e manias. Outro para entendermos a sociedade e como viver nela, bem como aprender a cultura dela.

É realmente uma pena não ter um manual da vida em comunidade, aliás, deviam distribuí-los na maternidade, quando nascemos. Seria tudo mais simples. Os mal-educados saberiam se comportar, os fofoqueiros, a se controlar, os chatos a repensar. Aí poderíamos gastar todo o nosso tempo ao pleno prazer e trabalho.

Engraçado. Nenhuma outra espécie parece ter dificuldades na vida em sociedade. Dizem que temos mais inteligência, mas para que? Ela deveria ser usada para o conforto, praticidade, o simples. Mas só fazem complicar. É engraçado ver, por exemplo, a organização das formigas. Mas até penso, elas se divertem? Será que tanta ordem e trabalho tiraram delas a diversão? Quem se importa.

O bom da vida é viver. Enquanto ficar aqui, pensarei. Mesmo se nada fizer, nada mudar, saberei que fui diferente, assim como muitos, mas não todos. Talvez falte isso, a diferença de opinião, do pensamento. Enquanto houver pessoas pensantes, saberei que não estou só.
Mais uma história de amor entre o ovócito II e o sptz. Essa é com traços de rock, soul, jazz e também solidão, paixões ardentes e desvariadas! Essa é da Maria Laura, Marisa e do Lucas da 214.



UMA ROMÂNTICA HISTÓRIA DE AMOR


          Era uma ver uma linda ovogônia chamada Jubiscréia. Jubs, como era conhecida por suas irmãs, vivia feliz em seu ovário.
          Jubs possuía muita saúde e crescia rapidamente, logo se tornando um ovócito I.
          Numa certa manhã ao acordar, Jubs descobriu que tinha poderes especiais e que era capaz de se dividir em duas, mas ao se dividir surgiu um pequeno glóbulo polar, chamado Perisclaudo. Ela não sabia como e nem por que ele havia surgido, mas se tornaram grandes amigos. Também descobriu que não era mais um ovócito I e sim um belíssimo ovócito II.
          Foi então dar uma volta, mas já como não podia se movimentar de forma eficaz teve ajuda dos cílios, “pelos” existentes nas tubas uterinas, que era onde queria passear. Jubs sentiu então a presença de visitas, mas não eram 100, 200 visitas, mas sim milhares delas. Não sabia por que estavam ali, mas enviou sinais químicos para que chegassem logo. E logo elas chegaram… Uma enxurrada de adoráveis espermatozóides veio ao seu encontro. Rapidamente ela entendeu que eram todos pretendentes, todos esperando a chance de poder fecundá-la, mas ela era jogo duro e não iria deixar qualquer um fecundá-la. As células foliculares e a zona pelúcida a ajudaram nesse complicado jogo, aumentando sua proteção. Elas também achavam que apenas o espermatozóide vencedor deveria fecundar Jubs.
          Enfim chegou Crodoaldo, um magnífico espermatozóide, belo e forte, que com toda sua força, fez de tudo para conquistar Jubs. Ela, por sua vez, apaixonou-se a primeira vista e não lutava contra essa paixão enlouquecida então Crodoaldo logo conseguiu fecundá-la.
          Vendo a felicidade do ovócito II, as células foliculares e a zona pelúcida tornaram ainda mais fortes à proteção daquele ovócito II, para que nenhum espermatozóide pudesse estragar a felicidade do casal.
          Quando Jubs e Crodoaldo se uniram, não foi uma união qualquer, mas se tornaram verdadeiramente um só. Aquela louca paixão originou um forte óvulo, além dele um querido glóbulo polar. Perisclaudo, o glóbulo polar amigo de Jubs estava cansado de toda solidão, iniciada após a ida de Jubs e por fim decidiu-se dividir-se, originando dois glóbulos polares.
          Para curtir aquela nova união, Jubs e Crodoaldo resolveram até viajar, indo conhecer as magníficas paredes do útero. O lugar era extremamente encantador e eles acabaram decidindo que iriam ficar por ali mesmo, finalmente estabelecer a vida por ali.
          Aquele lindo óvulo logo cresceu, se desenvolveu, e do magnífico feto que se tornou nasceu uma bela criança, cabelos pretos, olhos castanhos… Uma criança muito linda e talentosa, conhecida como Amy Whinehouse. Mas não se importe, tais informações são irrelevantes, só nos importa saber que tal criança nasceu de um forte romance, Jubs e Crodoaldo.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O fecasamento real

Conto sobre a fecundação escrito pela Carla, Felipe e Stephanie da turma 213.

O fecasamento real

Do ponto de vista da princesócita

Em um reinovário tão, tão distante onde, por gerações, fabricavam-se princesócitas, escolhi uma (dentre tantas) para contar sua história (que não é muito diferente das outras também), ela já havia passado por sua fase de multiplicação com suas outras irmãs e agora, já na fase de crescimento, estava se transformando em uma real princesócita e, assim, pensando como seria seu lindo espermatopríncipe, com o qual iria fecasar-se. E então ela foi a escolhida da vez para encontrar-se com seu espermatopríncipe, mas para isso ela precisou dividir-se em duas e transformar-se em uma “princesócita de segunda”,até que foi finalmente marcado o encontro de princesócita e espermatopríncipe. Ela ficou muito nervosa, pois não sabia como era um espermatopríncipe e jamais uma princesócita havia voltado para o reinovário após o encontro (então ela pensou: “deve ser forte, lindo, alto, já que nenhuma quis voltar não é?!”).Então chegou o grande dia (o encontro foi no caminho uterino), ela ficou esperando por ele por um grande tempo mas... ele não veio! Ela pensou: “ não acredito que vou ser a primeira a voltar para o reinovário”, mas então um terrível terremoto começou e ela, infelizmente, morreu.

Do ponto de vista do espermatopríncipe

De um espermatorrei nasciam vários espermatopríncipes a todo instante mas eu vou contar apenas a história de um que (se fosse pelo destino) iria encontrar-se com aquela bela princesócita, naquele belo dia e naquele belo momento na história da humanidade. A vida desses belos espermatopríncipes era difícil, eles passavam pela fase de crescimento, onde tinham que fazer muita academia e tomar muita “bomba” pra depois chegar aquela difícil fase surpresa de maturação, onde tinham que diminuir tudo de novo e só se preocupar com a cabeça, pois eles queriam que as princesócitas se impressionassem com sua cabeça, e apenas isso. Depois de tudo eles ainda dividiam-se em 4 deles mesmos e descobriam que o caminho até chegarem ao local do encontro era difícil, úmido e eles teriam que nadar até (nessa fase que eles fabricavam sua caudas). O grande momento chegou, todos os que estavam prontos para a “batalha em busca da princesócita” animaram-se e começaram a aquecer as caudas até que foram expelidos de sua pêniscasa mas.............. quando chegaram na porta a encontraram com uma barreira feita de um material elástico que não os deixou passar (e olha que eles tentaram) mas acabaram ficando por ali mesmo, presos naquele balão horrível e morreram, mas morreram por uma causa nobre... morreram em busca de seu “amor”.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O encontro dos protistas

Pessoal, mais uma contribuição! Essa do pessoal da terceira fase. Um pequeno conto sobre o encontro dos protistas. Texto do Breno, Roberto e Pricila da 311.

Aproveitem também! =)

Era domingo a tarde, num dia ensolarado e quente, quando Sr. Paramécio Protozoário, um elegantíssimo ser eucarionte, unicelular e heterótrofo, resolve sair de casa, na poça de lama, para refrescar-se.
            Dono Euglena, por sua vez, resolve também sair de casa, com toda elegância de um ser também eucarionte e unicelular, de forma arredondada de parar o trânsito.
            Sr. Paramécio ao passar pelo parque, mexendo seus cílios para locomover-se, avista uma alga, linda, de forma arredondada, com dois flagelos deslizando elegantíssima em direção a ele.
            Sr. Paramécio decide então chamar esta linda alga para conversar.
            ­— Oi, tudo bem? — disse Sr. Paramécio.
— Oi, tudo bem sim, mas, nos conhecemos? ­— responde Dona Euglena
­— Não, poderia saber seu nome?
­— Euglena, e moro em água doce ou zonas marinhas ricas em matéria orgânica.
­— Hummm! Você gostaria de comer algo hoje a noite? ­— Pergunta Sr. Paramécio.
­— Sim, mas aonde vamos? ­— questiona Dona Euglena.
­— Aqui perto, e eu como bem, posso comer 5.000.000 de protozoários em 24 horas!
­— Nossa! Comigo nem se preocupe, posso produzir meu próprio alimento, mas, para lhe acompanhar posso comer uns animais por heterotrofia.
­— Que versátil, mas queria saber, qual sua forma de reprodução? ­— Questiona com ansiedade Sr. Paramécio.
­— Que indecência! Mas minha reprodução é assexuada.
­— A, sim... A minha é sexuada... ­— Afirma Sr. Paramécio, triste, deixando o lugar sem dar explicação á Dona Euglena.   


Outro conto

Pessoal, socializo com vocês mais um conto escrito pela Lara Chula da 212, sobre a fertilização im vitro X adoção. Legal saber que o assunto continua ressoando em vocês!

Enjoy it! =)


Três anos de casamento após alguns de namoro, empregos fixos, casa própria... Tudo estava perfeito! A não ser o fato de não terem um bebê.
Fizeram simpatias, acenderam velas, ofereceram doces para santos, encheram sapatinhos de balas e deixaram em praças, prometeram dar um chocolate para uma criança carente assim que ela engravidasse... Estavam loucos de tanto encher o saco de São Cosme e Damião.
Isso estava frustrando o casal, eles precisavam de um bebê, seu filho, sua criação.
Após várias tentativas e vários testes de gravidez com um sinal negativo que fazia Giovanna roer as unhas, Felipe resolveu encarar os fatos e pensar em outras saídas, tinham duas opções: a inseminação artificial e a adoção.
Eles não queriam adotar uma criança por que nunca tem um bebezinho bonitinho que seja a cara dos dois, por que eles só iam encontrar crianças grandes que já estavam sendo criadas desleixadamente por freiras, que poderiam ter traumas de sua infância por terem sido deixadas por seus pais. E mesmo se tivesse um bebê, nunca seria a mesma coisa! Não teria toda aquela ligação maternal de mamar e dos nove meses de formação dentro da barriga...
Enfim, eles escolheram a inseminação artificial. Juntaram um monte de dinheiro, preencheram todos os requerimentos, fizeram todos os processos de coleta e tudo que era preciso... Esperaram um pouco e... Lá estava ele! O tão esperado sinal vermelho positivo!
Correram para o centro atrás de uma criança carente e a encheram de chocolates, agradeceram como mais loucos que já estavam antes para os seus santos.
Só felicidade! Só felicidade! Reformaram a casa, fizeram enxoval do bebê, chá de panela... Tudo que uma gravidez tinha direito.
O Gabriel nasceu e a família foi muito feliz.
...
Este casal também já estava lá pelos três anos de casamento depois de alguns de namoro, e também tinham empregos fixos e uma casinha própria... Tudo estava perfeito! A não ser o fato de não terem um bebê...
Eles também fizeram as mais bizarras simpatias, também acenderam velas, ofereceram doces para santos, encheram sapatinhos de balas e deixaram em praças, prometeram dar um chocolate para uma criança carente assim que a mulher engravidasse... E quase enlouqueceram de tanto encherem o saco de São Cosme e Damião.
E também tentaram muitas vezes e também viram vários sinais de negativo e os dois roíam suas unhas.
Começaram a pensar em outras saídas, e se depararam com as duas opções: a inseminação artificial e a adoção.
E resolveram visitar um centro de adoção. Lá viram várias crianças e bebês lindos, que tinham histórias incompletas para contar, que queriam mais do que tudo no mundo uma família, não importa se grande ou pequena, rica ou humilde, se tradicional ou alternativa, só queriam se sentir amados por alguém que poderiam chamar de mãe ou de pai, alguém que iria lhe dar carinho incondicionalmente.
Não se sentiram pressionados a escolher um como se estivessem em uma pet shop, em dúvida entre o loiro de olhos azuis, a oriental de cabelo liso ou o neguinho de cachinhos. Não era assim.
 Foi como amor a primeira vista, por uma ruivinha de cinco anos e um menino, com apenas três meses.
Para o casal a família cresceu. Para as crianças, a família - finalmente uma família - eles ganharam. Uma família de verdade!
Eles não deram chocolates para uma criança carente, mas para duas crianças que deixaram de ter essa sina.
O casal venceu muitas barreiras do preconceito e descobriram muitas coisas, como quando Priscila descobriu que pode dar de mamar pro Pedro, é só uma questão de tempo e de contato. Carlos aprendeu o que é ser pai, e viu que é muito mais pai aquele que cria do que aquele que faz.
A Alice e o Pedro são os filhos do Carlos e da Priscila, não biológicos, mas foram eles que criaram, educaram, trocaram fraldas, deram banho, ensinaram a falar e a andar. Foram eles que ensinaram seus filhos a não terem medo do escuro, a brincar de pular-corda, cinco Marias e tudo mais. Eles que levaram para a escola, deram lições para suas vidas, uma palmadinha na bunda aqui e outra ali... Eles que viram as crianças crescerem e se tornarem adultas.
O Carlos e a Priscila são super amigos da Giovanna e do Felipe e eles sempre fazem churrascos juntos e a Alice, Pedro e o Gabriel cresceram como primos.
Os dois casais pensam de jeitos diferentes, mas sabem que nenhum está certo e o outro errado, que as duas escolhas foram dignas e concordam que cada caso é um caso, e que antes de uma inseminação artificial ou uma adoção, vários fatos devem ser analisados no casal a realizar em ambos os processos. É muito importante saber quem vai criar essa criança, para onde eles vão, em que condições...
É muito bom ter um filhinho com os olhos do pai e o nariz da mãe, mas também é muito bom ter um filhinho e saber que você salvou uma criança de ser esquecida no mundo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Duas meninas, um coração.

Pessoal, mais um conto escrito pelo Luan! Muito lindo o texto e a proposta do trabalho dele.

Vamos participar aqui gente! Tenho certeza que vocês escrevem, produzem e criam coisas legais!

Não precisam ser especificamente relacionados ao que estamos discutindo! Sempre to esperando contribuições!

Abaixo do conto tem duas imagens das meninas e este é o blog criado pelo pai delas, a partir dele o Luan se inspirou: http://emmaandtaylorbailey.blogspot.com/

O Luan falou de uma música para ser lido ao som de...

Ele sugeriu David Bowie, mas como não conheço nenhuma dele que senti que encaixava, tomei a liberdade de escolher esta:

RadioHead - No Surprises



Bom proveito! =)



Duas Garotas, um coração

O que você estaca fazendo no dia 20 de setembro de 2006? Estudando, trabalhando, comendo, dançando? Seja o que for, certamente era muito diferente do que eu fazia. Eu era mãe. Minhas filhas eram siamesas.
Desde o principio os médicos nos alertaram sobre os riscos, entretanto decidimos meu marido e eu que faríamos o possível para que as duas sobrevivessem.
Os médicos não eram nada otimistas quanto ao estado de minhas filhas, poderiam morrer ao nascer. Elas viveram três anos.
Minha felicidade foi imensurável quando na sala de parto escutei o choro dos meus bebes. Elas eram lindas, elas estavam vivas. Elas saíram de mim.
Preparados para perdê-las ao nascer, estávamos felizes por aqueles primeiros momentos. E tínhamos medo também, por que a qualquer segundo elas poderiam morrer e toda alegria escaparia das mãos instantaneamente.
Os meses corriam depressa, todos aqueles anos, todas aquelas noites em que orávamos para que na manhã seguinte elas acordassem, todas aquelas manhãs admirando meus anjinhos dormir, observando atenciosamente sua respiração, toda a alegria ao constatar que elas estavam vivas.
Era praticamente impossível não se apaixonar por minhas filhas. Era impossível evitar que eu me emocionasse com cada nova descoberta delas. Me coração acelerava, eu tremia de medo. Eu tinha medo de perdê-las. As cirurgias, as consultas, as especulações pessimistas dos médicos. As esperanças.
É difícil ser mãe, é difícil não se emocionar ao olhar sua criatura e lembrar que foi no seu ventre que ela ficou durante nove intermináveis meses.  É impossível não amá-la, mesmo que todos a chamem de aberração, de doente, de diferente. É o seu filho. É um amor tão grande, tão lindo que não pode ser chamado simplesmente de amor. É amor de mãe, é um amor maior, é um amor diferente, é especial. E eu amei demais, sofri demais, fui feliz demais para o coração das minhas pequenas.
Elas suportaram. Elas eram felizes, elas não se importavam com o resto, era apenas o resto e eu custei a aceita-las como crianças normais. Minha vontade era agarrá-las, abraçá-las, protegê-las e não solta-las mais. Eu tinha medo. Foi com muito sacrifício que conseguimos marcar a cirurgia para que elas fossem separadas. Não queríamos escolher entre uma das duas. Seriam as duas.
Todos torciam por nós e mesmo que alguns dissessem que era arriscado não perdíamos as esperanças.
Não podíamos esperar mais. Nossas filhas dividiam um só coração e a pressão sobre ele era muito grande. Elas sofriam sem saber e nós sofríamos por elas. Queríamos o melhor, porém, esperávamos pelo pior, então a cada cirurgia bem sucedida íamos ficando mais felizes, mais confiantes. Até o dia da grande cirurgia.
O que você estava fazendo no dia 10 de agosto de 2010? Seja o que for definitivamente não era o mesmo que eu. Eu abraçava um medico, eu chorava, gritava, me escabelava, dizia que não, que não era justo, que não era certo, que não are verdade. Eu não sabia o que fazer. Eu não sabia o que sentir.  Minhas filhas estavam mortas.
Assim como é difícil descrever o amor, é impossível descrever a dor. É dor de mãe, é dor de perda. É um tiro no coração, é como arrancá-lo a força. Eu não tinha mais vontade de viver. Viver para que? Viver para quem? E mesmo esperando pela morte desde o dia em que nasceram, o dia de sua parda foi um choque para todos.
Mas aquele frágil coraçãozinho não conseguiu suportar todo o amor por aquelas cativantes garotinhas. Aquele pequeno coração, tão ingênuo, tão simples, tão generoso não batia mais.
Durante meses chorei, durante meses sofri, durante meses me perguntei o que mais eu devia ter feito.
O que fazer quando amar é a única coisa que pode ser feita?
A muito custo consegui voltar a realidade, uma realidade vazia, diferente daquela a qual eu estava acostumada. Eu ainda estava viva.
Hoje quando me lembro das minhas garotas as lagrimas vem à tona e sorrisos tomam conta do meu rosto. É uma mistura louca de tristeza e felicidade. As lembranças boas fazem minha vida valer à pena.
Seu retorno ao céu foi doloroso e macio e parte do meu coração será sempre reservado às minhas pequenas e adoradas gêmeas xifópagas.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Três contos sobre a fertilização

Pessoal, mais pra apreciar e degustar!! Olham só os lindos textos que o Luan escreveu naquele trabalho sobre a fertilização in vitro e a fecundação natural. Três pequenos gestos como aquele da foto da Lara. Detalhes textuais que transmitem uma delicadeza e precisão muito bonitas!

É pra aproveitar: =)

Obrigado Luan!

Três contos sobre a fertilização


Elas queriam tanto ter um filho que esqueceram-se do que seria mais importante: um pai. Disseram que não, não queriam ter um pai, seriam somente elas, duas mães.
O dia da introdução do óvulo no útero materno já havia sido marcado, o suposto pai já havia sido escolhido (branco, olhos azuis, cabelos negros, 1,73cm de altura) e a mãe já estava preparada. Estava pronta e ansiosa.
Não foi muito complicado o processo em sí, algumas horas sentada, alguns minutos em uma cama e nove meses depois, nasceu uma linda garota, de olhos azuis e pele clara que seria amada por duas mães e esquecida por um pai.

-*-

Eles eram casados há 2 anos e decidiram que já era hora de se iniciar uma família.
Foi uma noite linda, a lua cheia, brilhante, iluminava os becos escuros e as luzes das velas iluminavam o quarto. Por iniciativa dela claro, foram espalhadas pétalas de rosa por todo o apartamento. Em suma, o ambiente era perfeito.
Foi uma noite quente, depois, cada um do seu lado da cama, conversavam, faziam planos empolgados, bem dizendo a chegada de seu precioso bebê.
Talvez por amarem demais seu bebê e depositarem nele muito carinho, o bebê morreu ao nascer (de insuficiência respiratória, afirmaram os médicos). Era como se o mundo tivesse virado pó e nada mais fazia sentido. Sofrer, sorrir, seguir em frente. Olhar o quarto do bebê os fazia lembrar que ainda não haviam sofrido o bastante. Eles se culpavam. Mesmo que a culpa não fosse deles, ninguém tinha o direito de tentar convencê-los do contrário. Eles amavam seu bebê.
Nada os impedia de tentar de novo e de novo, exceto o fato de colocar a vida de outro pequeno indivíduo em risco, e isso os assustava. Optaram por adotar uma criança, ficariam felizes e deixariam uma criança feliz também. Esperavam ser felizes para sempre, um pai, uma mãe e uma criança.

-*-

Ela já tinha 45 anos e queria ter um filho. Os médicos diziam que era arriscado, mas ela não desistiu, precisava ter um bebê.
Seu marido, um homem de 50 e poucos anos, aceitou doar seus espermatozóides e apenas torcia para que tudo ocorresse de forma positiva. E tudo deu certo, exceto por um pequeno detalhe: ela queria ter um bebê, mas teve gêmeos.
Cuidou dos dois com muito amor e carinho, até que um dia, sem motivos aparentes, ela faleceu, com 62 anos. Ela viu seus filhos crescerem, mas não conheceria seus netos, seus bisnetos, suas noras, seus novos parentes. Nada seria de fato muito importante, afinal ela queria ter um filho, mas teve dois.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nova contribuição! Ebaa...

Pessoal,

Esta contribuição é para ser lida ao som de:



Coloco uma nova contribuição ainda em relação às imagens e criações que pedi sobre a embriologia. A Lara da 212, mostrou na sala a imagem que ela escolheu e compartilhou aqui conosco. Ela encontrou esta imagem em um tumblr (http://hysteria-hysteria.tumblr.com/), e compartilhou o dela também (http://segundaestrelaadireita.tumblr.com/).

Bom, ela significou a escolha simplesmente pelo seguinte: "tudo começa com um gesto de carinho". Achei linda a idéia e até comentei que a imagem dos dedos entrelaçando-se era linda, o DNA, a união dos genes. O meio torando-se inteiro.... Enfim, essa imagem foi tão poética que me permiti escrever um pequeno fragmento e colocar junto com ela. Posso, Lara?


O gesto. Suave. Entrelaçar-se infinito. Ameno. Uma profusão de sutilezas... Um leve roçar carinhoso, embora potência absoluta. Berço de uma dança perfeita. Movimentos precisos caminhando para um provável. Em uma estrada que se renova, em eterno retorno, na qual só o começo existe: ele, o gesto. Suave. Entrelaçar-se infinito. Ameno. Uma profusão de sutilezas... Um leve roçar carinhoso, embora potência absoluta. Berço de uma dança perfeita. Movimentos precisos caminhando para um provável. Em uma estrada que se renova, em eterno retorno, na qual só o começo existe: ele, o gesto. Suave. Entrelaçar-se infinito. Ameno. Uma profusão de sutilezas... Um leve roçar carinhoso, embora potência absoluta. Berço de uma dança perfeita. Movimentos precisos caminhando para um provável. Em uma estrada que se renova, em eterno retorno, na qual só o começo existe: ele, o gesto. Suave. Entrelaçar-se infinito. Ameno. Uma profusão de sutilezas... Um leve roçar carinhoso, embora potência absoluta. Berço de uma dança perfeita. Movimentos precisos caminhando para um provável. Em uma estrada que se renova, em eterno retorno, na qual só o começo existe: ele, o gesto. Suave. Entrelaçar-se infinito. Ameno. Uma profusão de sutilezas... Um leve roçar carinhoso, embora potência absoluta. Berço de uma dança perfeita. Movimentos precisos caminhando para um provável. Em uma estrada que se renova, em eterno retorno, na qual só o começo existe: ele, o gesto. Ele, o filho. Ela, a filha. O amor.

Ó eu compartilhando meu poético com vocês!

=)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Outra contribuição!

Gente, O Rafael Cardoso, da 311 tem um blog (http://theblackholeofsoul.blogspot.com/). Estendo para todos o convite! Quem tiver blog, quiser colocar o link, compartilhar escritos próprios, mandem! Iso é um espaço aberto de troca de sensações, percepções, pensamentos, idéias, vontades, etc...... 

Muito boa a crítica que você faz Rafael! O distanciamento do ser humano da natureza, a pretensa superioridade....

Eu gostei bastante e aproveito para compartilhar uma poesia que escrevi e que segue a mesma linha. Segue abaixo da do Rafael!

Ele escolheu uma poesia que escreveu pra compartilhar aqui.

O Começo

Quando nada há de novo
E todos sentem terror
Nada além do tempo
E velhas angústias retiraram a remanescente dor


Acima de minha mente vejo um universo a girar
Cores sintilantes começam a gritar
Gritar, esperniar, despertar, despedaçar
É tudo que nos resta, matar


Tudo que o precede faz dele um covarde
Um pobre rato de testes que outrora importante
Agora está enterrado a direita dele
E saíra quando todos estiverem no infinito, triunfante


Protelar é o que sabemos fazer
E agora nada há esperar o destino
O fim se aproxima demais
E dele há de vir um novo começo


No começo todos eram iguais
E todos caminhavam sobre as normas de viver
Mas agora há de vir o cruel destino
E varrer o pecado com seu cordeiro fiel


Rafael Cardoso


Abaixo vai a minha que segue na mesma linha:

Dissociação aflitiva

Em passos cada vez menos lentos
Se esvai a pobre complexa natural
No emaranhado do todo universal
Perde sua força em meio a muito

O agente desta fraqueza conhece-a bem
Ao menos supõe conhecê-la bem
Já dela obteve muito, a passos largos
E agora nada a oferece em troca sensata

Simplesmente mais lhe tira e sempre e muito
E com isso vai longe em seu caminhar profundo
Mas é diferente dela, pura, limpa organizada
É caótico, sujo, não expressa ordem nenhuma

A cada giro universal mais distante estão
Um do outro, não lembram a relação
Pura e imanente relação que lhes une
E se distanciam, distanciavam, distanciarão

Não mais unidos ficarão, ou ficarão?
Há meios sem a pura e limpa junção?
Como continuar nesta aflita relação?
Oh Deus, mostra como sair desta condição!

Esforços poucos, solitários se expressam
E nada trazem que lhes faça mudar a direção
O orgulho tomou conta de um há tempos
Enquanto a outra, resignada, aflita: está fraca!

Poucos vêem peças nesta situação a mudar
No pensar complexo, evoluído; luzes não há
Mas um simples esforço haveria de ajudar
Esquecido esforço, dentro de cada um está

A cor intensa e quente do fazer parte um do outro
Esta lembrança doce, ingênua criança a brincar
Este é o simples encanto a conjurar para amparar
O sufocamento que esta triste situação deixou chegar

Lembrar-se natural na sua complexidade hominal
Buscar o abraço irmão na calada e vazia relação
Apagar a correria inatural na vida cotidiana animal
Buscar o coração reencantar na poesia diuturna do brincar

Eduardo Silveira


Mais contribuições!

Pessoal,

Seguem mais contribuições artísticas!



Primeiro do Felipe Felix, da 211! Ele escreveu um texto sobre a embriologia. Questionamentos beeeem interessantes em relação ao que temos conversado:

Questionamentos...

Minha existência se deu por transformações,será então errado eu querer me transformar agora?E será que eu viveria sem me transformar?
Minha existência deu-se a partir de uma célula única,posso eu então ser único em minha sociedade?Poderei ser aceito “simplesmente” pelo aquilo que sou?
Se derivamos de uma única “coisa”,Devemos ser todos iguais?E cabe a mim ou a você, responder estas perguntas?
 



Outra contribuição é uma imagem que para a Victória da 212 representou o desenvolvimento embrionário de forma artística! Ela relacionou a imagem, as cores em que estão pintados os acrobatas, às cores das células (ainda que não são específicas). Além disso à posição das células durante as clivagens. Alguém vê mais analogias legais nessa imagem e na embriologia?




domingo, 10 de abril de 2011

Experimentação II

Outra experimentação sobre a prepração e o grande encontro. Também tem certo humor sutil aqui.

É legal de ver como vocês capturam a essência dessa fase legal e chata que é a adolescência nos escritos!


O encontro dos gen(t)es
Em um lugar muito distante chamado Ovário havia uma menina muito rebelde chamada Célula Primordial, que inconformada com seu nome e formato resolveu que teria que passar por uma série de evoluções para chegar onde queria.
Então, a célula primordial passou por mitose dupla se transformando em ovogônia e logo depois em ovócito I. E resolve dar um tempo nas mudanças e depois de muito tempo de tédio e sem razão para viver ela quer mais transformação, amadurece um pouco e logo se chama Ovócito II, em meio a tantas conturbações e mudanças de estado de espírito começa a pensar que já esta muito bem e não precisa mais de mudanças, então feliz consigo mesma, começa seu novo caminho saindo de casa, a caminho de um famoso clube de encontros " Tuba Uterina Palace Park".
Enquanto isso em uma cidade diferente e distante chamada Testículo, se encontrava um menino chamado Espermatogônia, que por conta de suas insatisfações e evoluções, passou por multiplicações e crescimento se tornando Espermatócito I.
Depois de crescer ele precisa passar também por mais evoluções para satisfazer suas necessidades estéticas, então passa por um processo de amadurecimento e se torna Espermatócito II e logo depois já é um Espermátide, ainda assim insatisfeito, deseja ser diferente. Então para imitar seus amigos ele resolve passar por um processo chamado diferenciação onde ele se torna um belo e forte espermatozóide.
Agora, feliz com a sua evolução, o Espermatozóide decide que quer alguém para dividir seus momentos e características, sai de casa a caminho do "Tuba Uterina Palace Park" a procura do amor da sua vida.
Ao chegarem ao clube Tuba Uterina Palace Park, olham um para o outro e se apaixonam imediatamente, mesmo com muita concorrência ele conquistou a Ovócito II.
Assim, satisfeitos e completos os dois gametas compartilham suas características genéticas, tornando-se um só dando origem a um novo ser, fruto do seu amor.
Andresa Martins e Estephani Sell - 212

Experimentação I

Dois contos curtos. Um leve humor ácido permeia a história dessas vidas...

A vida de Aninha e SPTZ

Aninha já completou seus 3 meses de gestação. Ela pode não ter nascido ainda, mas além de seu corpo, está se formando dentro de seu ovário, um “cacho de uvas”. Os meses vão passando e o cacho de uvas continua se formando. De uma uva (célula primordial), se formaram muitas outras, numa fase chamada de multiplicação. Para essas uvas, deu-se o nome de ovogônias. Aninha finalmente nasceu. Ela continuará crescendo, assim como seu cacho de uvas, que inicia uma nova fase, a fase de crescimento, transformando a uva ovogônia em uma uva ovócito I. Mas isso ocorre até seus 3 meses de vida. Aninha continua a crescer forte e sadia ao longo dos anos. Ela passa a não gostar mais das mesmas coisas que gostava e vai amadurecendo seus pensamentos. E é exatamente isso que acontece com seu cacho de uvas, assim que a menina entra na puberdade.  É iniciada a fase de maturação. Sua uva se transforma em outras duas, uma maior (ovócito II) e outra menor (glóbulo polar). A cada mês, uma de suas uvas amadurece e cai, com a esperança de serem semeadas novamente e quem sabe, começar um novo ciclo, dando origem a outro pé. Mas, se isso não acontece, a uva cai no chão, se parte e espalha todo o seu suco.

SPTZ é um jovem gameta masculino, que está sendo formado em um emaranhado de fios, numa primeira fase de multiplicação com outros amigos. Depois de algum tempo, SPTZ e seus amigos cresceram e começaram a ficar mais fortes e se transformaram em espermatócitos I. Logo depois, já sofreram outra transformação, em espermatócitos II, ainda procurando sua identidade. Assim que a “modinha” passou, aderem a uma nova, a da espermátide, numa fase onde já estão mais maduros, a fase de maturação. Quando passam pela fase de diferenciação, finalmente SPTZ e seus amigos encontram sua verdadeira identidade e se transformam em espermatozóides. Depois de tantas transformações, eles vão repousar em uma pequena sala chamada epidídimo. Com um sinal de alerta para evacuar o prédio, SPTZ fica assustado e segue seus amigos para o primeiro andar do prédio. Passam por um corredor que os conduz até uma segunda sala, onde recebem uma camada a mais de proteção. Dirigem-se para outra sala onde recebem equipamentos e logo se encaminham para receber os últimos equipamentos para que consigam passar pela estreita porta. Daqui, se dirigem direto para a porta de saída.

Bruna Moraes Vicente - 212

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Lançamento!

Bem vindo à festa de lançamento do Bioutras-ilógicas! Vai ser aqui que as criações loucas, desvairadas, criativas e super legais de vocês vão ser colocadas! Vamos rechear este espaço e fazer um grande  Frankenstein. Uma mistureba viva de coisas diferentes e loucas!

inicio com a proposta da festa à fantasia!

Uma grande celebração em que estarão presentes ovócitos II vestidos de bela adormecida esperando pelo beijo do SPTZ o príncipe encantado que vai estar vestido de grande corredor! Levando à mão uma grande garrafa de isotônico e uma pequena furadeira, discreta, para perfurar a boca da bela adormecida, afinal de contas ele precisa desse beijo pra continuar vivendo!

Também estarão na festa os vírus com suas diferentes fantasias de invisíveis! Fungindo e desaparecendo das conversas que iniciam com as células, que podem ser bactérias, o embrião com seus blastômeros que vem fantasiado de camaleão (sempre trocando de forma).

Outros convidados da festa ainda estão por vir...

Mas já temos o cardápio:
- Sushis,
- Kombus,
- Muito sorvete, tudo derivado das algas!
Além do especial:
- Prato de vitelo pra repor as energias!!

Pra beber, podemos ter líquido diretamente da blstocele!

Claro tudo ao som de muito boa música: aí vocês podem opinar! Mas eu já digo de antemão que tem que ter Tom Zé, Mutantes, Secos e Molhados, Novos Baianos e pode ter também Strokes, Beatles, Coldplay e afins!

Então vamos aproveitar e encher isso aqui de loucuras bio-ilógicas!

Já vou começar colocando os textos sobre fecundação, as imagens represetando a embriologia e os textos também representando a embriologia!

Aguardo o material de vocês no email para compartilhar aqui!

Um abraço ilógico